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9 de junho de 2020Lideranças do território indígena Andirá/Marau repudiaram a decisão do coordenador do DSEI Parintins, José Augusto Nenga, e criticaram a atuação da gestão do órgão na região
Após seguir o protocolo necessário solicitado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e pela Fundação Vigilância em Saúde (FVS) para adentrar na área indígena, o povo Sateré-Mawé, do rio Andirá, foi beneficiado com ajuda humanitária da Prefeitura de Barreirinha, juntamente com o Governo do Amazonas, através da Fundação Estadual do Índio (FEI). Foram destinados nesta ação cerca de mil unidades de cestas básicas com alimentos não perecíveis.
De acordo com o coordenador do Departamento de Assistência ao Índio, Jecinaldo Sateré, cerca de 945 famílias indígenas foram beneficiadas com cestas básicas nesta primeira etapa, em 27 aldeias.
Mas, as cestas básicas deviam ter chegado semana passada as famílias indígenas, isso porque o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI Parintins), solicitou a suspensão de qualquer ação humanitária de distribuição de cestas básicas para o território indígena Sateré-Mawé, em Barreirinha-AM (distante 331km de Manaus), sem que haja um plano de ação com protocolos de segurança sanitária. A notificação foi encaminhada terça-feira, 2 de junho, para a Fundação Estadual do Índio do Estado do Amazonas, Prefeitura de Barreirinha, Condisi, Coordenação Técnica Local da Funai e à Procuradoria Federal da República.
O documento assinado pelo coordenador distrital do Dsei Parintins, José Augusto dos Santos Souza, conhecido como Nenga, impediu que as mil cestas básicas enviadas pela Fundação Estadual do Índio (Funai) chegassem semana passada até as aldeias indígenas nesse momento de pandemia. O advogado sateré-mawé Tito Menezes afirmou que a decisão foi lamentável e atingiu diretamente as famílias indígenas do território do Andirá/Marau.
“Diante do contexto de pandemia que estamos vivendo, é lamentável a decisão tomada pelo coordenador. A notificação é contrária às diretrizes do próprio Dsei e da Funai. As cestas, adquiridas com muito esforço são um alento para as famílias indígenas que se encontram em um duro isolamento social, sem a possibilidade de comprarem insumos na cidade”, argumenta.
Por outro lado, o coordenador do DSEI Parintins, José Augusto dos Santos, afirma que o órgão não foi comunicado sobre os alimentos e que as entregas necessitavam de um plano de ação que obedeça a critérios sanitários. Clique aqui para ver a resposta do coordenador.
Revolta contra a coordenação do DSEI
Lideranças ‘Sateré-Mawé’ classificaram de arbitrária a decisão do coordenador do Dsei Parintins, José Augusto Nega, e publicaram nota de repúdio contra ele.
Confira a entrevista do tuxaua-geral Amado Menezes
Confira a nota de repúdio
Lideranças também enviaram um documento a Funai lamentando o fim da atuação do Dsei Parintins nas Barreiras Sanitárias do território indígena Sateré, nesse período de pandemia.
Embarcações do Dsei retirados da Barreira Sanitária, segundo as lideranças
Confira os documentos
Confira abaixo entrevista de outras lideranças
Ismael Batista (presidente do Conselho local/polo Ponta Alegre)
Obadias Garcia(presidente do Conselho Geral da Tribo Satere Mawe – CGTSM)
Jamilson Barbosa (presidente Distrital de Ponta Alegre)
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