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O governador Amazonino Mendes (PDT) reuniu em Parintins-AM, na tarde de sexta feira, 23, com o Comando de Greve dos Professores e os gestores das escolas estaduais da cidade. O encontro, de última hora, aconteceu no auditório de um hotel da zona leste da Ilha Tupinambarana.
A reunião durou pouco mais de uma hora e terminou sem acordo entre o governo e a categoria. Segundo Amazonino, o estado tem uma lei de responsabilidade fiscal que não permite que o governo faça um reajuste salarial para os professores maior que 4,5% e alega que já ofereceu ganhos além da conta para classe.
De acordo com a categoria, Amazonino não esclarece bem esses números, e ressalta que 60% da verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é para pagar os professores.
“O valor do Fundeb aumentou 31,5% de 2016 para 2017, passando de 1,8 bilhão para 2,3 bilhão. Tem como ele fazer o reajuste, mas infelizmente o governador não tem o menor interesse”, declara Carlos Magno, um dos líderes do movimento grevista em Parintins.
Protesto
A classe, que reivindica um reajuste de 35%, que é o acumulo de perdas salariais desde 2014, fez protesto do lado de fora do hotel durante a reunião. Dezenas de professores (vestidos de preto, ao de som de apitos e palavras de ordem) participaram da manifestação
“O governador veio apenas para fazer propaganda de si mesmo, não quis ouvir nossos questionamentos, quis apenas empurrar as desculpas esfarrapadas que ele vem nos dados nos últimos dias ‘’, afirma Magno.
Para o governador o comando da greve “é formado por militantes de partidos de oposição a ele e acredita que os educadores estão sendo manipulados”.
